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sábado, 24 de novembro de 2012

O VÍNCULO ENTRE SERES HUMANOS E ANIMAIS!


BICHOS – MARTHA FOLLAIN

O vínculo entre seres humanos e animais

22 de setembro de 2009 às 17:37

O convívio com animais de estimação só traz benefícios para a saúde física e psicológica dos seres humanos. Mas a relação entre homem e animal deve ser interativa, para ser benfazeja – isto é, não basta ser tutor – é necessário passear, brincar, conviver.
E, por que isso acontece? “Os bichos de estimação nos colocam em contato com a natureza animal, uma dimensão elementar que a sociedade e nosso estilo de vida se empenham em suprimir”, afirma Marty Becker, médico veterinário, autor de O poder curativo dos bichos. “Por meio de um relacionamento íntimo com nossos animais, despertamos em nós características poderosas como lealdade, amor, instinto e jovialidade”.
Os animais oferecem companhia e amor, sem as exigências dos seres humanos, além de aceitarem seus tutores sem nenhum julgamento. Esses saudáveis e estreitos relacionamentos criam vínculos fortes e duradouros. Os benefícios, em termos de saúde física e/ou mental entre humanos e bichos têm sido relatados no caso de uma grande variedade de transtornos:
  • Aqueles que possuem animais de estimação possuem 8 vezes mais probabilidades de sobreviver 1 ano após um infarto. Um estudo realizado por Érika Friedman e Sue Thomas, 1995, identificou que, proprietários de cães tinham sobrevida maior depois de um ataque do coração do que não proprietários.
  • Os bichos diminuem nosso estresse, baixando a frequncia cardíaca (um estudo na Austrália demonstrou os baixos níveis de fatores de risco para doenças cardiovasculares ), a pressão arterial e o colesterol. O professor Warwik Anderson (1992) descobriu que os tutores de cães e gatos tinham taxas mais baixas de triglicérides e colesterol do que os não proprietários.
  • Quem possui animais faz menos visitas ao médico e permanece menos tempo no hospital (pesquisas médicas na Austrália).
  • Os bichos combatem a depressão e o isolamento, favorecendo a aproximação entre as pessoas.
  • Estudos recentes apontam que crianças entre 5 e 12 anos que têm animais, possuem mais sensibilidade e compreendem melhor os sentimentos de outras pessoas, têm mais empatia.
  • Especialistas afirmam que a observação de um aquário com peixes é tão eficaz quanto qualquer outra técnica tradicional de meditação, porque também diminui a pressão sanguínea (Lynch 2000 e Associação Internacional das Organizações de Interação Homem-Animal).
  • E mais ainda: o contato terapêutico que se estabelece quando se acaricia um animal e este devolve com uma lambida ou um afago de focinho, cria uma sensação de intimidade tranquilizadora.
  • Os animais também estimulam exercícios físicos.
  • E, o mais relevante: a importância de ter que cuidar de outra criatura, o bicho, demonstra o quanto o ser humano é necessário.
Mas até que ponto amizade e companheirismo entre humanos e bichos é saudável para os animais? Para os bichos, há o risco de serem tratados como objetos ou o extremo oposto, que é a humanização.
Um animal não é um objeto que o ser humano manipula como quer, um brinquedo. Ele tem emoções, sentimentos e requer cuidados diários de higiene, alimentação e saúde.
Muitas pessoas adquirem um filhote e, conforme ele vai crescendo, vai “perdendo a graça” e, vai sendo visto como um estorvo. Então, é colocado de lado, sem ter atenção nem carinho e passa a ter uma vida de solidão: vive confinado e passa horas sozinho. Muitos animais morrem de depressão. Outros são abandonados quando adoecem ou envelhecem.
No extremo oposto há o animal humanizado – o animal vai ao salão de beleza, usa roupinhas, adereços e perfumes, ou seja, é tratado como se fosse um bebê humano, passando até a não reconhecer indivíduos de sua própria espécie.
A vaidade humana, muitas vezes, é colocada acima do bem-estar do animal: o olfato é o principal sentido do cão; colocar perfume em um cachorro é o mesmo que deixá-lo sem referências acerca de si mesmo, das pessoas, de outros animais e do ambiente. Outro problema é a alimentação – excesso de comida destinada a humanos, doces, guloseimas, gerando obesidade, diabetes, câncer etc. e diminuindo sua expectativa de vida. Não se pode esquecer que o animal tem necessidades próprias e que deve viver como animal: nem como objeto, nem como ser humano.
Escolher conviver com um animal é, antes de mais nada, ter sob sua responsabilidade uma vida. E o caminho para ambos, animal e humano, usufruírem dessa relação com intensidade é o amor. Primeiramente, o proprietário aceitando o amor incondicional que o bicho lhe oferece. E, da mesma forma que ele dedica ao tutor seu amor sem limites, o proprietário deve estar preparado para oferecer amor incondicional a ele também. O contato amoroso, leal e sincero permite que os benefícios fluam entre os dois.
E, como ensina o Dr. Marty Becker: “Olhe, escute, toque e fale são as chaves para a ignição e o combustível desse circuito do amor”.
A consequência de amar profundamente seu animal de estimação é tratá-lo com respeito, cuidar dele responsavelmente, no âmbito de sua própria espécie: castrar, vermifugar, vacinar, telar janelas, levá-lo ao veterinário, passear, brincar, afagar, prover a limpeza dos dentes e de banhos, escovar, cuidar da alimentação e, principalmente, jamais abandoná-lo sob nenhuma circunstância – ampará-lo na doença e na velhice.
E, como ensina o Dr Marty Becker, o estabelecimento desse vínculo de amor e respeito coloca-nos em contato fraterno com as outras espécies e nossa própria origem:
“Nossos cachorros e gatos permitem uma visão íntima e permanente da mente e do espírito de outros mamíferos, servindo como uma teia que nos liga com a vastidão da natureza.”

VAMOS VENCER A TIMIDEZ???

A professora Janaína Lino Perez é uma pessoa tímida. Não acredita? É a timidez como você nunca viu. E foi uma longa caminhada.

Maquiagem. Muita cor, brilho. O que a maioria das mulheres adora, traz um certo desconforto pra Janaína. Ela não gosta de chamar a atenção.
“Agora, por exemplo, o que você está sentindo?”, perguntou o repórter Ismar Madeira.
“Bem nervosa, bem nervosa mesmo, com vergonha. O corpo reage. Dá um suador, parece que por dentro está tudo tremendo, bem nervosismo mesmo”, respondeu Janaína.
Hoje, a Janaína se prepara para o dia mais importante da vida dela.
Estamos em Sinop, a quarta maior cidade de Mato Grosso, no Centro-Oeste do Brasil e a quase 500 quilômetros de Cuiabá.
Nesta noite, tem formatura na universidade estadual.
A turma de pedagogia é uma descontração só. Menos a Janaína. Tanta preocupação é porque ela é a oradora da turma.
Quando passar pela porta a Janaína vai ter que encarar uma das situações mais difíceis para um tímido: ficar frente a frente com o publico. E é muita gente, um auditório com quase mil pessoas.
Só de pensar nessa multidão, parece que o coração vai saltar pra fora. Pra registrar o nervosismo, ela "topou" usar um aparelho que marca os batimentos cardíacos. Ele foi colocado no tórax da Janaína e as pulsações aparecem em um relógio.
E, enfim, a entrada. Passar no meio de todo mundo.
“Quando eu entrei, fiquei emocionada. Eu comecei a tremer porque era um momento que eu ia passando sozinha, os colegas na frente. Eu escutei pessoas gritando o meu nome mas não tive coragem de olhar pro lado pra ver quem era”,
E lá no palco, sentadinha, sem chamar a atenção no meio dos formandos, ela até se acalmou. Os batimentos caíram pra 85 por minuto. Mas não por muito tempo.
Quando estava chegando a hora do juramento da Janaína e o batimento: 133 por minuto.
E lá vai a Janaína.
Quanto mais perto do público, maior a tensão. Todos os olhares voltados para ela e, no microfone, só a voz dela. Em destaque.
Foi aí que o coração disparou: até 157 batimentos por minuto. Mas ela conseguiu.
Enfrentando a timidez, a pedagoga recém formada sente-se mais forte ainda pra encarar a busca por um bom emprego.
“Como é a realização desse sonho?”, questionou o repórter.
“Nossa é muito importante pra mim esse dia porque eu lutei muito, estudei muito, eu mereço. Eu sei que eu mereço. Estou muito feliz”, respondeu a pedagoga.
Janaína acaba de dar um passo importante. Como milhões de pessoas em todo o país, que querem crescimento profissional. Será que o mercado de trabalho, cada vez mais competitivo, tem espaço para os tímidos? Eles sofrem alguma desvantagem?
“A timidez prejudica o desempenho social, acadêmico, amoroso, econômico. Tem estudo”, afirmou Aílton Amélio, psicólogo PUC.
O psicólogo e pesquisador da Universidade de São Paulo diz que, nos Estados Unidos, um grupo de tímidos foi acompanhado durante 30 anos, o que ajudou a apontar alguns dos desafios deles.
“Aquelas pessoas que eram muito tímidas ganhavam menos, demoraram mais pra se casar”, contou Aílton Amélio.
Timidez é o que os especialistas chamam de traço de personalidade. Uma característica que cada um tem, individualmente. Algumas são mais quietas, caladas, mas não são necessariamente tímidas, podem ser introvertidas, gostam de ficar sozinhas, até preferem ficar sozinhas, mas não têm a menor dificuldade em se relacionar com outras pessoas, pra falar em publico, por exemplo. Timidez é outra coisa.
“A timidez é um tipo de medo que aparece em situações sociais, o disparador é gente, medo de gente. Então, algumas pessoas, em várias situações que envolvem gente, ficam tímidas”, ressaltou Aílton.
As entrevistas de emprego são algumas dessas situações mais comuns.
“A pessoa não toma conhecimento do seu potencial. Chega lá, ela se porta como se ela fosse muito menos capaz. O tímido é assim: ‘e se eu for lá e for inconveniente?’, ‘e se eu for lá e ela me rejeitar?’, ‘e se eu for lá e acabar o assunto?’ Aí, ele não vai, ele começa a fugir”, revelou o psicólogo.
Isto acontece todos os dias no maior centro de oferta de empregos do Brasil, em São Paulo. A estimativa é que 20% dos que não conseguem emprego sejam tímidos.
“Eu digo que fico paralisada mesmo, é lidar com outra pessoa ter que conversar, eu fico gaguejando, fico vermelha, e já cheguei a chegar na frente da empresa e ficar andando de um lado pro outro e não entrar. Desistir”, contou Keila Maria da Silva Santos, modelista.
E ela não é a única. Ali ao lado, numa sala de seleção de candidatos, olha quanta gente ela encontrou. E muitas histórias parecidas.
“Quando eu vi a quantidade de pessoas entrando numa salinha eu pensei não vou conseguir, vou voltar”, disse Michele Ponciano, auxiliar de escritório.
Michele não consegue evitar o nervosismo. Wilton também não.
“A grande dificuldade é de falar. Completamente”, explicou Wilton Robson Guedes Queiroz, ajudante de obras.
O ajudante de obras, a auxiliar de escritório e a modelista, todos com 23 anos, acreditam que estão em desvantagem porque não são tão desenvoltos quanto outros candidatos. Ficaram traumatizados em entrevistas de emprego ou testes de seleção.
“Travei. Não consegui falar nada. Não consegui a vaga”, disse Wilton.
A psicóloga que se especializou em recursos humanos diz que um bom exercício pra vencer esta dificuldade é enfrentar situações em que haja público, primeiro nos ambientes em que a pessoa se sinta confortável, mais à vontade.
“Falar na frente, na igreja, é um exemplo. Então, isso já começa iniciando pra ele vencer a timidez, de pessoas que ele convive, ele falar, ele entrar em contato porque quando ele for num local que ele não conheça ninguém, ele se saia melhor”, afirmou Edméia Vaz Guimarães, psicóloga.
“Eu posso tentar”, disse Wilton.
Michele tinha uma entrevista de emprego no mesmo dia. Também ouviu um conselho.
“Existem pessoas na mesma situação que ela. E ela pensar nisso, que as outras pessoas também têm dificuldades, entendeu? E ir preparada para a vaga que ela vai pleitear. E saber do que ela vai dizer lá. Então, isso fica mais fácil para o tímido: se preparar para o processo”, ressaltou Edméia.
“Hoje, não posso deixar de ir a esta entrevista”, afirmou Michele.
Na disputa por uma vaga de trabalho, para um tímido, a principal questão não é se ha 3, 6, 60 ou 100 candidatos. Não. A maior concorrência é com ele mesmo. E é justamente na faixa etária em que a maioria está tentando entrar no mercado de trabalho que a timidez é mais comum na vida da gente.
É por isso que tantos dizem terem sido tímidos na juventude. Uma fase de muitas experiências novas, que podem causar insegurança. Aqui, a maioria nunca passou por uma seleção profissional. E logo na primeira, já teve que encarar uma dinâmica de grupo.

Os jovens tiveram que se reunir com pessoas que não conheciam e trabalhar juntos pra criar uma apresentação sobre as qualidades de cada um.
Alguns falaram menos, ficaram observando, como a Renata. E na apresentação, ela só segurou um cartaz. Não falou nada.
“Na hora não saiu”, explicou Renata Santos Nunes, operadora de telemarketing.
“Você acha que isso pode te atrapalhar a conseguir emprego?”, perguntou Ismar.
“Muito, muito, demais”, respondeu.
Mas ela conseguiu. Foi contratada para uma função sem contato direto com o público. É um engano achar que os tímidos não têm chance.
“Ele pode ter atendimento numa linha de produção, que são linhas mais internas não tão focadas ao atendimento ao publico. A gente percebeu que pessoas estão ali com medo. Então a gente pode ter ali ou na área de informática que elas vão ficar mais sentadas ou num escritório. Basta ter qualificação”, afirmou Sheile Botelho, coordenadora de recrutamento.
Foi assim que Bruna e José Arnoldo encontraram seus lugares. Ele, na linha de produção de uma fábrica de alimentos. Ela, num escritório de logística, um tipo de negócio que cuida da distribuição e transporte de produtos e documentos.
“Quando você foi escolher a profissão, no que você pensou?”, perguntou Ismar.
“Nos dois cursos que eu fiz até hoje, foi o contato menor possível com as pessoas”, contou Bruna Fernanda Meirelles, assistente administrativa.
Bruna estudou informática e logística. Na pequena sala, preferiu a mesa que não fica de frente pra porta por onde passa gente demais. Em dez meses, já foi promovida.
“O funcionário tímido ele tem um espaço muito bom porque tem atividades que precisam de muita concentração de foco e isso é uma qualidade um ponto forte de quem é tímido”, afirmou Jaquison Sinhorelli, diretor administrativo.
Na linha de produção, a mesma coisa: José Arnoldo também gosta de fazer a maior parte do trabalho sozinho.
“Eu sempre fico focado no que eu to fazendo pra não desviar a atenção porque qualquer vacilo que eu der, eu corro o risco de perder uma receita ou queimar”, revelou José Arnoldo do Nascimento, cozinheiro.

Usar touca, avental, é importantíssimo numa cozinha como essa. Um fio de cabelo, o contato com a roupa, podem contaminar o ambiente. Imaginem, então, conversar, por exemplo, perto da comida, não é nada bom. Nisso os tímidos levam vantagem.
Eles ocupam 80% do setor da fábrica. Em 18 anos na empresa, o José Arnoldo já passou por várias funções e hoje é líder de equipe. Valorizado pelo que os tímidos têm de melhor pra este trabalho.

“Não falam muito, então eles têm esse, que é uma baita qualidade, assim, acho que qualquer líder tinha que ter isto também, de escutar muito e filtrar e focar realmente pra render o trabalho”, disse Tânia Terumi Nakajima, gestora industrial.
Um reconhecimento que Janaína também espera receber. Você se lembra dela? A jovem pedagoga que comemora a formatura sem nenhuma inibição. E como profissional, quer levar a experiência de vida pra sala de aula.
“Como eu fui tímida na infância, eu posso ajudar aquelas crianças que são tímidas na sala de aula estimulando, incentivando, desenvolvendo práticas pedagógicas, através do lúdico, através de brincadeiras, através de participações, teatro. Depois de hoje outra Janaína. Uma Janaína mais segura, uma Janaína mais feliz, porque agora eu sou formada. Eu batalhei muito, chorei muito, estudei muito e eu consegui”, comemorou Janaína.
Texto jornal variedades:

domingo, 18 de novembro de 2012

O Ninho!!!

FLÁVIO  TAVARES*
A desgraça mostra o rosto mas nada vemos _ não estamos nem aí... Nada é pior do que essa guerra de rua em tempos de paz (oficialmente de paz!), que alcança um tom demente em São Paulo e Santa Catarina, mas é comum a todo o país. Nela, não se sabe exatamente quem é "o inimigo" ou como se chama, nem ele conhece nosso nome ou o que somos. A violência urbana é feroz por ser exercida a esmo, contra qualquer um. Em ambos lados, bastam "as aparências" para que alguém se torne vítima.
Em São Paulo, por exemplo, não só a organizada bandidagem do PCC ataca e mata a granel, seja a quem for, de preferência policiais. Não temos a "pena capital" e nem um minucioso processo judicial pode condenar alguém à morte, mas a polícia também mata à toa, só por "desconfiar", e em nome do Estado! Viram as cenas exibidas na TV dias atrás, em que um motorista (tomado por ladrão de carro) foi preso e, ao se queixar, levou oito tiros?
Os dois Estados, porém, vivem situações distintas. Em São Paulo a violência organizada é seletiva, quer vencer (ou vingar-se) aterrorizando a polícia. Em Santa Catarina, é vandálica _ terrorismo generalizado e indiscriminado, que incendeia ônibus e cujo alvo é a população em si.
Zero Hora - 18/11/2012

Meu filho é gay e eu estou bem!

NEREIDA VERGARA*
A frase do título faz parte de uma brincadeira entre mim e o meu filho de 18 anos, que é gay. Ele sempre diz que vai mandar fazer uma camiseta com essa mensagem, para eu andar por aí, mostrando que se pode ter um filho gay e não ser infeliz. Chegamos a essa conversa depois de fazer uma generalização de que há um grupo grande de pessoas que sempre olha pra mim, a mãe, como alguém que deu à luz uma coisa de outro mundo. Não posso sair de braço com o meu filho, ou ir com ele ao shopping, ou sair para jantar sem que alguém observe e pense: bah, coitada, que esforço está fazendo. Pois aqui, sem nenhuma pretensão de pregar moral a quem quer que seja, digo, posso dizer: eu estou bem.
Há motivos, é claro, para eu ter essa visão. Como não sou cega, sempre vi no meu menino características que não eram comuns nos outros. Desde antes dos três anos, mostrava interesse pelos brinquedos da irmã, por roupas e coisas de menina. Sempre foi sorridente, faceiro e amigo. Na escolinha, fez aulas de balé junto com as meninas (o que me rendeu uma porção de caras feias de pais de outros meninos que achavam que o gosto dele podia "contaminar"). E eu fui assim desafiando a ordem, colocando meu filho em aulas de balé, de patinação artística, de desenho. Nunca proibi que brincasse de Barbie, da mesma forma que não proibi que a irmã brincasse de Power Rangers ou gostasse de álbuns de figurinhas de futebol.
Teve uma época, na pré-adolescência, que meu menino fez o papel do conquistador! Me contava de meninas que havia beijado, teve um grupo de amigos só de meninos (a maioria ainda amigos dele até hoje, e todos héteros, salvo alguma surpresa de que eu não tenha sido informada). Eu ouvia o que ele dizia, me divertia até, mas os meus olhos não me enganavam. Sempre vi a natureza dele, e amei essa natureza. Assim como amo a irmã dele, hétero, linda, rebelde, tatuada, de cabelo raspado, colorido. E eu nunca vi anormalidade em mim ao aceitar isso dentro do meu coração, porque pais aceitam filhos portadores de deficiências, aceitam filhos dependentes químicos, filhos mulherengos, alcoólatras, porque, enfim, são filhos, nasceram de nós.
Estar bem com o meu filho gay é saber que criei um ser saudável, que tem um bom coração, que vai ter respeito por quem amar, pelos filhos que tiver.
Acho que se a gente se preocupasse apenas em enxergar o que está na frente dos nossos olhos já seria um grande passo para que um filho homossexual fosse encarado como qualquer filho. Pois é o que ele é. Nasce assim. Como eu nasci cabeçuda e baixinha e sou muito grata por meu pai e minha mãe terem me amado mesmo assim. Enganar-se a respeito dos outros é uma escolha que a gente faz e a frustração decorrente disso atormenta muitos pais de homossexuais. Não adianta esperar o que não vai acontecer, nem querer que seu filho que gosta de menino case com uma linda moça para fazer a infelicidade de ambos e a sua felicidade.
Quem chegou até aqui na leitura deste texto pode estar pensando: o que essa mulher está pretendendo ao se expor assim e ao expor seu filho? Explico. Sou partidária da ideia de que dizer a verdade em voz alta nos liberta. Sempre tive a certeza de estar protegendo o meu menino, de estar dando a ele o direito de crescer e se desenvolver como a pessoa que ele nasceu. Seria hipócrita da minha parte dizer que o aceito da porta para dentro e ensinar que da porta pra fora deveria ser outro, com base naquilo que a sociedade convencionou como aceitável. Acredito que antes de a gente discutir as camadas de aceitação das pessoas ditas normais às pessoas gays (se são discretos, travestis ou transformistas) ou o direto das pessoas gays (a união homoafetiva, a adoção de crianças, a criminalização da homofobia) em relação aos nossos, os ditos normais, nós, os pais de gays, devemos, enfim, abandonar o tal do armário (estereótipo social dos mais revoltantes).
Quero muito que um dia essa minha visão predomine, que os meus filhos possam ser admirados pelo caráter, inteligência e originalidade, e que os filhos deles, os lindos netos que eu ainda vou ter, vivam num mundo em que a homossexualidade, entre outras milhares de diferenças que nós, humanos, temos, não precise ser uma causa.
*Jornalista   Zero hora 28/11/2012

Pela nossa humanidade sofrida!

ORAÇÃO PELOS ESQUECIDOS

Senhor Jesus!
Permita-nos rogar-te a bênção de paz e de socorro, em auxilio de muitos de nossos irmãos habitualmente esquecidos.
Consen...
te-nos, Senhor, pedir-te amparo em favor dos que desprezam a vida, desvalidos de fé, acreditando erroneamente que a morte do corpo seja uma nuvem cinza e esquecimento;
Em apoio dos que se julgam donos exclusivos dos recursos que a tua misericórdia lhes empresta;
Dos que foram surpreendidos pela velhice na experiência terrestre e banidos do aconchego familiar pelos próprios descendentes, desligados do amor e do reconhecimento que devemos ter no mundo aos benfeitores que nos formam a vida;
Dos que foram deixados em casa de benemerência simplesmente por haverem nascido de corpo deformado, mudos e cegos, nas mutilações congênitas, entre as provações que só por si deveriam merecer a caridade daqueles a quem amam;
Dos que são supostos milionários, por administrarem os bens do mundo, quando, na maioria das vezes, não passam de companheiros segregados em cadeias de ouro, sequiosos da paz e do amor que lhes fogem aos dias;
Dos que renasceram no mundo com distúrbios psicológicos e que atravessam a existência marginalizada pelo sarcasmo daqueles que ignoram as leis que regem a natureza;
Das nossas irmãs em Humanidade que não vacilam em expulsar do próprio seio os filhinhos nascituros que, em vão, lhes suplicam acolhimento, e pelas vitimas do aborto, exterminadas sem defesa, em regime de impunidade, quase sempre entre as paredes do asilo doméstico;
E dos companheiros que se desesperaram por falta de paciência e se recolheram à sucata do desânimo, largando os tesouros do tempo às traças da angústia improdutiva.
Senhor, nós te rogamos proteção em auxilio de todos os que se desviaram do bem, no rumo do desequilíbrio e das trevas, e te suplicamos nos protejas e abençoes agora e sempre.

Assim seja!
(Do livro "Presença de Luz", Augusto Cezar (Espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O ser humano é capaz de coisas incríveis!

 
Olhando este vídeo, temos consciência da criatividade...capacidade humana de usar seu corpo de forma lúdica...inovando...impressionando...prendendo a atenção das pessoas que ficam hipnotizadas com tantas façanhas. O corpo é maleavel a vontade humana...ele é capaz de coisas que pensamos ser impossíveis...mas basta o desejo...a vontade..disciplina...para vencer os desafios...e colocar-se como um super humano...pessoas capazes de ultrapassar o possível...para realizar o impossível!!!
 
 
 

Uma bela noite...para você que está conectado com esta mensagem!!!

Em que espelho ficou perdida a minha face???

Isto nos remete ao tema sobre a transitoridade da vida...hoje temos 6 anos...amanhã 60 anos...muitas
pessoas acreditam não ter mais tempo...para construir
suas vidas...refazendo os caminhos perdidos...nos
olhamos no espelho e muitas vezes...não nos reconhecemos...já não temos o mesmo rosto...apesar
de ser o mesmo...e como disse Clarisse Lispector...em seu belo poema...eu não tinha estas mãos tão paradas
e frias e mortas...nem este coração que nem se mostra...eu não dei pelo passar do tempo...tão certo...
Em que espelho ficou perdida a minha face?

O poder das cores...e a influência em nossa vida!


domingo, 4 de novembro de 2012

Estive presente em uma palestra sobre ¨Justiça Restaurativa¨...e muito foi abordado o amor...perdão...nas relações interpessoais...como forma de buscar uma justiça que realmente possa estar educando...transformando...toda e qualquer atitude anti fraterna...em atitudes saudáveis...para o bem de uma coletividade! Seria um trabalho de prevenção...assim como intervencional...atuando com técnicas que v...
isem em primeiro lugar o entendimento das atitudes infratoras. Mas não estou aqui para discutir de forma técnica sobre justiça restaurativa...mas sim para colocar alguns questionamentos que faço no meu cotidiano de vida. Em primeiro lugar percebo que o discurso nas instituições...nos espaços abertos ao público...quanto mais claro...elaborado...bonito...mais é aplaudido pelas pessoas...não importa que se saia do ambiente...fazendo tudo como sempre foi feito....ninguém questiona que o mais importante no ser humano...é ser honesto...tolerante...compreender
o outro...valorizar a amorosidade...a sinceridade...a lealdade...a fidelidade...quem não tem estes valores...vai conseguir governar um país, como o povo necessita? Vai conseguir educar seus filhos, como eles necessitam? Vai conseguir interagir no trabalho com eficiência...desempenhando de forma plena suas atividades? Vai conseguir conviver na comunidade de forma fraterna? Porque introjetamos os valores de forma tão deturpados? Porque seguimos o que a maioria faz...e mais ainda nos irritamos com pessoas que seguem de forma diferente...muitos de nós...não acredita na bondade e sentimentos superiores no outro...mesmo que perceba...fica desconfiado...como alguém pode ser diferente de tudo que conheço? É falso...não existe...Termino dizendo que admiro o belo...como expressão de harmonia...equilibrio...em um mundo onde existe tantos descompassos...para mim ser inteligente...é pensar naquilo que é mais importante na vida...o ser humano...é ser bom...ter bondade no coração...enxergar e compreender os defeitos alheios...pois nós somos plenos de imperfeições...é ser leal...amigo...companheiro...nunca praticar algo que machuque o outro de forma intencional...seguir estes preceitos pode ser díficil...mas deve ser um guia para quem realmente quer fazer a diferença neste mundo!
 
Rosângela A Siqueira
Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
...


Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa -
uma mulher.   Lya Luft

sábado, 3 de novembro de 2012



                   Quando abro cada manhã a janela do meu quarto

                   É como se abrisse o mesmo livro
                   Numa página nova…                                                               
                                                                        ( Mario Quintana )
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...

O amor é quando a gente mora um no outro.
Mario Quintana

domingo, 28 de outubro de 2012

A internet reduzindo espaços...conectando pessoas!


A evolução em termos materiais, tem sido tão grande...que em poucas décadas
houve uma transformação na forma da comunicação, interação com pessoas...
A forma de viver e estar no mundo...é diferente de anos atrás...a globalização
diminuiu espaços...e aproximou em certo sentido as pessoas...não importa o país
continente...a informação é instantânea...no meio disto tudo...a espécie humana está
mais inteligente...as criançãs nascem em um mundo mais preparado em termos tecno-
lógico para lhe oferecer o desenvolvimento de suas habilidades natas.
É natural pensar...como estará o mundo daqui a vinte anos? Daqui a cinquenta anos?
Como as pessoas estarão vivendo em 2070? São questionamentos naturais e importantes
que se faça como forma de prevenir e sustentar este nosso velho mundo...e as pessoas que
habitam nele que com certeza...estarão bem mais inteligentes...espero e acredito bem mais
humanizadas...conscientizadas do real sentido da vida.
 
Rosângela A Siqueira

Só a trasformação trás a cura!!!


sábado, 27 de outubro de 2012

Quem já pensou no amor? O amor como um sentimento que dá sentido e nos mantém vivendo

Eu diria que por não compreender este sentimento divino, as pessoas o rejeitam...se mostram indiferentes...porque ninguém nos ensinou a amar...não existem nas escolas matéria sobre o amor...o que existe...são exemplos de amor...o que você aprende com seus pais...o que você aprende na escola com seus colegas...professores...o que você vê na tv...na mídia...os exemplos muitas vezes são precários... por isto nosso mundo está agonizando...cada vez mais repleto de pessoas...e a solidão assola...porque recebemos o que damos...e só damos o que sabemos dar...feliz daquele que tem uma vontade enorme de doar amor...mesmo sabendo que muitas vezes ele será rejeitado...pois com certeza este ser...sabe o que é o amor...madre Tereza sabia amar...deu exemplos de amor...Francisco Xavier deu exemplos de amor...Francisco de Assis deu exemplos de amor...muitos anônimos dão exemplos de amor...e não poderia deixar de citar o mestre dos mestres na arte de amar...Jesus o Cristo....deixou o maior mandamento para a humanidade...Amar o próximo como a si mesmo...deixou um legado de amor...exemplos de amor...finalizo dizendo que o amor ainda está muito longe de ser sentido pela maioria das criaturas, pela pouca evolução em que nos encontramos...mas tudo tem um preço...e pagamos o preço do nosso desamor...vivendo a vida que vivemos!!!

Rosângela A Siqueira

Vamos sair das obsessões...e começar a pensar!!!


Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.
 
Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância.
 
 

Fonte: Sócrates

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Perfil do planeta terra!


A nossa mãe terra...é linda...neste momento estamos emitindo vibrações de muito amor
ao nosso planeta...agradecendo por nos acolher em seu seio maternal!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Saúde...Paz...Amor...Prosperidade!!!

Aquilo que você deseja tanto...tenha fé que vai alcançar!

Pode parecer lugar comum...mas nada como um dia após o outro!



  

domingo, 21 de outubro de 2012

sábado, 20 de outubro de 2012






Se eu tivesse que escolher uma palavra - apenas uma - para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar.  

Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. 

Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tãofalada qualidade de vida que queremos - e merecemos - ter. Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo. 

Acostumadas a concentrar nossossentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulherquanto a convivência com as amigas. 

Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes - isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala. 

Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar. 

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulárioduas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino:pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos,três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia - não importa - e a ficar em silêncio.  

Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso. 

Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada.  

Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada - faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.





Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar.  

Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha. 

Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia:gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada.Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir.  

Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia. E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar.

Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Brad Pitt ... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça.  

E recomece, sempre que for preciso:seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma. E, por último(agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. 

O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades,inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni.  

Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.

Fonte: Leila Ferreira